Crime, marcado por extrema crueldade, ocorreu na frente do filho da vítima e chocou a cidade em 2022
Em sessão do Tribunal do Júri realizada nesta quinta-feira (26), Edicarlos Lima Santos, conhecido como “Tatoo” ou “Tatu”, foi condenado a 33 anos de reclusão pelo assassinato da ex-companheira, Maria Jeane Alves das Chagas. O crime, que ocorreu na noite de 7 de abril de 2022, no bairro Primavera, em Sorriso (MT), foi classificado como homicídio triplamente qualificado.
Segundo as investigações, movido por ciúmes e sentimento de posse, Edicarlos invadiu a residência de Maria Jeane, a imobilizou, amordaçou, amarrou mãos e pés e a matou por asfixia. O ataque ocorreu na frente do filho da vítima, que foi expulso de casa sob ameaça e, ao retornar, encontrou a mãe já sem vida.
O Ministério Público sustentou a acusação com três qualificadoras: motivo torpe, pelo ciúmes do agressor; meio cruel, pela forma violenta e prolongada do crime; e feminicídio, por se tratar de homicídio cometido contra mulher em ambiente de violência doméstica e familiar. O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese ministerial.
“O resultado reafirma o compromisso da Justiça com a proteção da vida das mulheres e envia um recado claro: a violência doméstica não será tolerada e nenhuma forma de brutalidade contra a mulher ficará impune”, declarou o promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino.
O caso, que causou grande comoção em Sorriso, reforça os alertas sobre a gravidade da violência de gênero e a necessidade de fortalecimento das políticas de proteção às mulheres.