Em meio às pressões internas por mais agilidade na articulação política para as eleições de 2026, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União Brasil), fez um apelo direto aos correligionários: que deixem de lado apenas as críticas e passem a contribuir efetivamente para a formação das chapas do partido. Em entrevista concedida nesta quarta-feira (4), Garcia enfatizou que a responsabilidade pela construção eleitoral não é apenas do governador Mauro Mendes, presidente estadual da sigla, mas de todos os filiados com mandato.
“A montagem de chapa não é tarefa de uma única liderança. Todos os deputados eleitos pelo União têm essa responsabilidade. O mandato é do partido, a eleição se faz com a força da legenda, então é missão de todos nós”, afirmou.
A resposta veio após manifestações públicas de nomes como o deputado Júlio Campos, que expressou preocupação com a falta de pré-candidatos na sigla. Fábio Garcia, por sua vez, destacou que as críticas precisam vir acompanhadas de propostas concretas: “É importante a contribuição de todos — do deputado Júlio, Botelho, Rezende, Gisela, Coronel Assis, do próprio Fábio, de Jayme e de Mauro. Não basta apenas apontar falhas. É preciso trazer nomes, indicar caminhos e participar do diálogo”, reforçou.
Durante reunião do diretório estadual do União Brasil, na última segunda-feira (2), ficou definido que cada parlamentar deverá apresentar sugestões de nomes viáveis para compor as chapas estaduais e federais. Segundo Garcia, esse será o ponto de partida para que o partido avance na montagem da estratégia eleitoral.
O secretário também lembrou que enfrentou questionamentos semelhantes quando estava à frente da sigla, mas conseguiu liderar um processo que resultou na eleição de quatro deputados estaduais, dois federais, um senador e o governador Mauro Mendes.
Sobre a ausência do governador na reunião inicial, Garcia afirmou que está prevista uma nova rodada de conversas, com mais tempo e a presença de Mauro, que na ocasião estava em viagem ao interior.