Fraude no INSS pode atingir Congresso, diz PF

 

Parte das investigações da Operação Sem Desconto, que apura um esquema bilionário de fraudes no INSS, deve ser enviada ao Supremo Tribunal Federal. A informação foi revelada pelo colunista Lauro Jardim e sugere o envolvimento direto de deputados e senadores no esquema, que ainda está em fase inicial, segundo a Polícia Federal.


A Polícia Federal se prepara para encaminhar ao STF documentos da investigação sobre um esquema bilionário de fraudes no INSS, apontando possível envolvimento direto de parlamentares. A informação foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo, que destaca a participação de uma “bancada de razoável número” de deputados e senadores.

Apesar da gravidade dos indícios, o delegado da PF Carlos Henrique de Sousa, atual superintendente na Paraíba, afirmou que a Operação Sem Desconto ainda está apenas no começo. “É um campo que se vislumbra muito maior”, disse ele durante audiência pública na Câmara dos Deputados, realizada na última quarta-feira (28).

Sousa ressaltou que os valores desviados são altos, mas não chegam a surpreender. “Esse total é muito grande, mas não espanta, infelizmente. Como a movimentação da Previdência Social ultrapassa R$ 1 trilhão, todas as fraudes, quando a gente aprofunda, realmente têm valor substancial”, explicou.

A audiência foi promovida pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, a pedido dos deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que solicitaram detalhes da operação.

A ausência do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, foi duramente criticada. O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) chegou a acusá-lo de mentir em entrevista ao portal ICL Notícias e de ter vazado informações sigilosas ao citar as 11 entidades investigadas.

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