A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta segunda-feira (28) a prisão do ex-presidente Fernando Collor, determinada na última quinta-feira (24) pelo ministro Alexandre de Moraes. O julgamento ocorreu no plenário virtual da Corte e terminou com seis votos a favor da prisão e quatro contrários.
Votaram pela manutenção da prisão os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Os ministros André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques votaram contra. O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido, como já é de praxe em processos relacionados à Operação Lava Jato.
Durante o julgamento, Gilmar Mendes chegou a pedir destaque, o que levaria a análise para o plenário físico. No entanto, voltou atrás ao perceber que a maioria já havia votado a favor da prisão. “Já havia votos nesse sentido [pela prisão] no plenário virtual e também há um pedido de prisão domiciliar que está sendo deliberado pelo ministro Alexandre. Então vamos aguardar esses desdobramentos”, afirmou.
Collor está atualmente detido no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). Em 2023, ele foi condenado pelo STF por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A denúncia aponta que o ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014, em troca de favorecimentos em contratos da empresa.