Na terça-feira, 22 de abril, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), cumpriu um mandado de busca e apreensão domiciliar, como parte de uma investigação sobre crimes ambientais. A ação, que teve o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), está focada em um ex-servidor temporário da pasta, já exonerado, que é acusado de praticar delitos contra a administração pública ambiental.
A investigação apura os crimes de corrupção passiva, obstrução da fiscalização ambiental e falsidade ideológica. Segundo a Delegada Liliane Murata, responsável pela Dema, as diligências visam esclarecer os fatos e possibilitar o indiciamento do suspeito.
Ação Clandestina na Sema
A investigação teve início em dezembro de 2024, quando a Sema acionou a Dema após suspeitas de que o ex-servidor estava entrando clandestinamente no órgão público para subtrair e modificar processos administrativos. O ex-servidor, embora já exonerado, enganava seus antigos colegas, fazendo-se passar por um servidor da ativa, e acessava a Sema fora do horário de expediente.
De acordo com a apuração, o suspeito retirava os documentos, fazia alterações de seu interesse e de terceiros, e posteriormente devolvia os processos ao órgão, sem que ninguém percebesse as modificações.
Operação Gatuno
O cumprimento do mandado de busca e apreensão foi realizado no Dia da Terra, uma data simbólica para a preservação ambiental, e faz parte da Operação Gatuno, nome que remete ao termo utilizado para identificar quem comete furtos em busca de ganhos ilegais. Durante a ação, os policiais apreenderam o celular e o notebook do suspeito, que serão periciados para colher mais evidências.
As investigações continuam, e a Dema segue em busca de mais informações para a conclusão do inquérito e possível responsabilização do investigado.