Guerra comercial entre EUA e China pode beneficiar agronegócio de Mato Grosso, avalia Pivetta

As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses podem gerar impactos positivos para o agronegócio de Mato Grosso.

O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) avalia que as medidas adotadas pelo presidente norte-americano Donald Trump podem ampliar a participação do estado no mercado chinês, impulsionando as exportações de commodities agrícolas.

Trump anunciou uma taxa de 10% sobre produtos chineses, além de outras barreiras comerciais, o que levou Pequim a retaliar taxando produtos agrícolas americanos.

Para Pivetta, essa reação da China abre espaço para o Brasil suprir parte da demanda do gigante asiático.

“As encrencas que ele vem comprando causam efeito colateral também. A China já taxou os produtos agrícolas americanos e isso nos favorece”, declarou o vice-governador.

Pivetta destacou que Mato Grosso possui vantagens naturais e estruturais que garantem sua competitividade no mercado internacional.

“Nosso estado tem uma blindagem, que são os recursos naturais, o clima favorável e os produtores, que estão entre os melhores do mundo. Contra a eficiência, não há argumento”, afirmou.

Ele também enfatizou a necessidade de políticas econômicas que garantam equilíbrio fiscal, citando que os Estados Unidos estão reduzindo gastos públicos e simplificando processos burocráticos, o que fortalece sua moeda e sua economia.

“É o que nós temos que fazer no Brasil. Eles estão fazendo isso, com isso a moeda deles se fortalece, ficam mais fortes economicamente e vão impor muito mais”, avaliou.

Apesar da oportunidade gerada pela guerra comercial, Pivetta criticou a burocracia brasileira, que, segundo ele, ainda trava o crescimento econômico.

“Nosso problema continua sendo a ‘burrocracia’. Enquanto eles enfrentam isso, nós ainda padecemos e deixamos a burocracia nos dominar”, disse.

O cenário internacional segue incerto, com novos desdobramentos entre os países envolvidos. No entanto, se souber aproveitar a conjuntura, Mato Grosso pode se consolidar ainda mais como um dos principais fornecedores de commodities para a China.

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