VAMOS FALAR DAS ARBOVIROSES?
Chegou o verão e com ele as chuvas….não demora para começarmos a ouvir que na rua alguém está com dengue ou que algum conhecido teve chicungunya e está cheio de dores…. que doenças são essas?
Elas são as arboviroses. Elas são um grupo de doenças virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos. Aqui iremos tratar das que são transmitidas pelo famoso Aedes aegypti, mosquito bastante conhecido, que são: Dengue, Chicungunya, Febre Oropouche, Zika e Febre Amarela.
Todas tem sintomas muito parecidos e podem variar em gravidade….
A Dengue é caracterizada por febre alta, dores musculares e articulares, além de outros sintomas que variam em gravidade podendo matar devido complicações hemorrágicas. No Brasil temos 4 vírus conhecidos circulantes.
Chicungunya provoca febre e dores articulares intensas, muitas vezes persistindo por longos períodos.
Febre Oropouche tem sintomas parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.
A Zika, associada a complicações neurológicas, é especialmente preocupante em gestantes devido ao risco de malformações em seus bebês.
A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves.
Atualmente temos vacinas para 2 arboviroses, Dengue e Febre Amarela. Por causa da vacina, os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados no Brasil em 1942 e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão (as pessoas vão para áreas de mata e lá são picadas por mosquitos infectados e desenvolvem a doença). No caso da Dengue, a vacina está disponível no SUS desde fevereiro de 2024, para o público de 10 a 14 anos que reside em localidades prioritárias, devido principalmente pela capacidade de produção do imunizante. Cada município/Estado tem autonomia para definir qual população imunizar e a faixa etária vai de 4 a 59 anos, 11 meses e 29 dias de idade (de acordo com a bula da vacina).
Porém quando uma pessoa é infectada não há tratamento específico para elas, então o mais importante é a população se cuidar, utilizar barreira física (camisa de manga longa e calças compridas, telas em janelas) em locais de exposição a mosquitos e barreiras químicas como os repelentes.
Temos que sensibilizar o maior número de pessoas para que cuidem de seus quintais, fechem com tampa as caixas d’água, destinem corretamente entulhos, limpem terrenos baldios pois no verão com chuvas e acúmulo de água, existe ainda mais a possibilidade de aumento desses vetores. Também importante permitir a entrada dos agentes de endemias para orientação e aplicação de larvicidas.
Nesse caso, todos somos responsáveis.
Fica a dica!
Te vejo em breve com mais um Drops
Dra. Erica Zattar Ribeiro
Médica pela Universidade Federal de Mato Grosso
Otorrinolaringologista pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Crânio Faciais – HRAC/USP (Centrinho)
Fonte: Ministério da Saúde