Mendes reafirma que não haverá proteção para policiais envolvidos na morte de advogado

 

 O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), declarou nesta sexta-feira (07) que o Estado não protegerá nenhum servidor público envolvido em crimes.

A afirmação foi feita após a prisão de quatro policiais militares, suspeitos de participação no assassinato do advogado e ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, ocorrido em julho de 2024.

“A Polícia Civil investigou e descobriu o possível envolvimento de alguns policiais militares. O nível desse envolvimento ainda precisa ser detalhado, e o governo nunca interfere nisso”, afirmou Mendes.

O governador destacou que sua gestão já demonstrou rigor no combate a irregularidades no funcionalismo público.

“O governo jamais vai proteger qualquer servidor, seja da segurança pública ou de qualquer outra área, que cometer crime. Já realizamos demissões, inclusive no alto escalão. Se houve erro, doa a quem doer, vai pagar”, ressaltou.

Arma do crime pertence à Polícia Militar

 

As investigações indicam que o tiro que matou Renato Nery saiu de uma arma utilizada pelas forças de segurança do Estado.

Ao ser questionado sobre essa informação, Mendes garantiu que medidas rigorosas serão adotadas. “Quem cometeu qualquer tipo de falha vai responder administrativamente e judicialmente”, disse.

As prisões aconteceram na manhã de quinta-feira (06), durante a operação “Office Crimes – A Outra Face”. Os policiais detidos foram identificados como Wailson Alesandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso. O quarto PM, Heron Teixeira Pena Vieira, já é considerado foragido.

Além dos militares, também foi preso Alex Roberto de Queiroz Silva, apontado como o atirador.

A polícia apreendeu a pistola calibre 9mm utilizada no crime e a motocicleta usada na execução. Segundo as investigações, Alex trabalhava como caseiro para Heron em uma chácara.

Crime pode ter relação com disputa de terras

 

Renato Nery foi assassinado em 05 de julho de 2024, na frente de seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.

A motivação do crime ainda não foi totalmente esclarecida, mas a principal linha de investigação aponta para uma disputa de terras.

Nery acusava um advogado de negociar ilegalmente uma propriedade que ele havia recebido como pagamento por seus serviços jurídicos ao longo de três décadas.

A Polícia Civil segue investigando o caso e trabalha para capturar o PM foragido.

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