Os vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá, contrários ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), protocolaram nesta segunda-feira (10) um pedido de cassação do mandato do vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB). O parlamentar foi alvo da Operação Ragnatela, que investiga uma facção criminosa envolvida em lavagem de dinheiro através de casas noturnas na capital.
A defesa de Paulo Henrique informou ao g1 que o vereador aguardará a notificação oficial para apresentar sua defesa e que fará um pronunciamento, se necessário.
Detalhes do Pedido
Os vereadores solicitaram que as denúncias contra Paulo Henrique sejam remetidas à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. O pedido de cassação foi assinado por Maysa Leão (Republicanos), Sargento Joelson (PSB), Michely Alencar (União Brasil), Denilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (União Brasil) e Dr. Luiz Fernando (União Brasil).
Exonerações no Gabinete
Na semana passada, a Câmara de Cuiabá exonerou Willian Aparecido da Costa Pereira e Elzyo Jardel Xavier Pires, funcionários do gabinete de Paulo Henrique que foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Ragnatela. Outro servidor, Rodrigo Souza Leal, também foi exonerado.
Operação Ragnatela
A Operação Ragnatela, deflagrada na última quarta-feira (5), cumpriu mais de 40 mandados de prisão e busca contra suspeitos de integrar a maior facção criminosa de Mato Grosso. A facção é acusada de promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas de Cuiabá. Foram executados oito mandados de prisão e 36 de busca e apreensão em Mato Grosso e no Rio de Janeiro. A operação também incluiu o sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores públicos e suspensão de atividades comerciais.
As investigações revelaram que os criminosos estavam envolvidos na gestão das casas noturnas e financiavam shows de cantores nacionalmente conhecidos com recursos da facção criminosa, em colaboração com um grupo de promoters.