Sistema ‘pagar pelo uso’ deve ajudar hospitais a driblar crise financeira na saúde

Especialista aponta que modelo é “oceano azul” para estabelecimentos de saúde suplementar e pode aumentar receita das entidades
Nos últimos anos, o setor de saúde tem enfrentado grandes desafios e a busca por soluções acessíveis e que ajude na gestão dos estabelecimentos privados tem sido uma constante. Desafios como o envelhecimento da população, aumento nos custos operacionais e a dependência das operadoras de planos de saúde limitam cada vez mais o crescimento desses estabelecimentos.
Com esse cenário desafiador, surgem modelos e sistemas de negócios que prometem às empresas de saúde uma nova maneira de agregar valor e gerar novas receitas. O sistema “Pay Per Use”, na tradução ‘pagar pelo uso’, tem ganhado destaque, e é apontado com um oceano azul para a saúde.
“O Pay Per Use permite que a instituição converta recursos ociosos como leitos, equipamentos e equipes subutilizadas em receita adicional. Ao cobrar apenas pelos serviços utilizados, você atrai novos clientes que buscam atendimento flexível, sem depender dos planos de saúde tradicionais”, explicou a CEO da Cash+, Patrícia Narciso, durante palestra no Simpósio Mato-grossense de Gestão em Saúde (Simges).
Segundo Patrícia Narciso, que é considerada uma das maiores especialistas no modelo no Brasil, esse mercado, que já movimenta R$ 320 bilhões por ano e atende 60 milhões de brasileiros, oferece uma oportunidade inédita para prestadores de saúde.
“Ao ingressar no modelo Pay Per Use, a instituição pode se libertar da dependência das OPS, acessando diretamente um novo público e otimizando sua operação. Esse sistema também pode reduzir os custos operacionais, pois pode ofertar no mercado produtos e serviços mais baratos. É um sistema que dá acesso, mas que não precisa necessariamente cobrir todos os procedimentos. É um sistema diferente que complementa o mercado da saúde suplementar e o SUS”, pontuou.
De acordo com a diretora executiva do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat), Patrícia West, o Simges que foi realizado pelo sindicato, teve como objetivo apresentar inovações e ferramentas para auxiliar as empresas de saúde privada a se manterem em atividade e encontrar meios de se tornarem cada vez mais sustentáveis.
“Nós como sindicato sabemos das dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor de saúde, não só aqui, mas no Brasil. A pandemia causou grande impacto e apresentou a necessidade de repensar o setor. Realizar o Simges foi uma forma de trazer pessoas gabaritadas para transmitir informação e conhecimento aos gestores e profissionais da área da saúde”, afirmou.
fonte e foto icone

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *