Mato Grosso se consolida como o estado com maior protagonismo do trabalho e menor dependência de programas sociais no país. De acordo com dados divulgados na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), oito dos dez municípios brasileiros onde os benefícios sociais representam a menor parcela da renda das famílias estão em território mato-grossense.
O levantamento evidencia a força do setor produtivo e do agronegócio na economia estadual, especialmente nas regiões mais desenvolvidas. Entre os destaques, Primavera do Leste aparece na 3ª posição nacional, figurando entre os municípios com maior participação da renda proveniente do trabalho.
A pesquisa considerou todas as fontes de rendimento — como salários, aposentadorias, pensões, programas sociais (a exemplo do Bolsa Família), aluguéis e rendas de capital.
Municípios em destaque
O município com menor dependência de benefícios sociais do Brasil é Querência, onde o trabalho representa 93,7% da renda mensal das famílias. Em seguida vem Sapezal, com 93,5%, e Primavera do Leste, onde 92,9% dos rendimentos têm origem na iniciativa privada, demonstrando que o peso dos programas sociais é mínimo na economia local.
Também integram o ranking nacional as cidades mato-grossenses Campo Novo do Parecis (92,8%), Sorriso (92,6%), Santa Cruz do Xingu (92,1%), Campos de Júlio (91,7%) e Alto Taquari (91,6%). Os dois outros municípios da lista são de Goiás e Rondônia.
Trabalho é motor da renda em Mato Grosso
Em nível nacional, o trabalho responde por 75,5% do rendimento médio mensal das famílias brasileiras. Entre os estados, Mato Grosso lidera o país, com 84,5% da renda total proveniente de atividades laborais, seguido por Santa Catarina e São Paulo. Na outra ponta está o Piauí, onde o percentual é de apenas 64,3%.
De acordo com o IBGE, o desempenho mato-grossense reflete o impacto direto do agronegócio, da indústria de alimentos e do setor logístico, que impulsionam a geração de empregos formais e garantem níveis de renda acima da média nacional.
Especialistas apontam que o estado se destaca pela baixa dependência de transferências sociais e pelo crescimento contínuo da economia real, sustentado pela produção agrícola de larga escala e pela expansão industrial.
