Em uma conversa telefônica realizada na manhã desta segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dialogou por cerca de 30 minutos com Donald Trump e pediu o fim do tarifaço de 50% imposto pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros desde 1º de agosto. Segundo o Palácio do Planalto, a ligação partiu de Trump e o tom da conversa foi “amistoso e construtivo”.
De acordo com a nota divulgada pelo governo, os dois líderes relembraram “a boa química” que tiveram durante o encontro em Nova York, na Assembleia Geral da ONU, e manifestaram interesse em fortalecer as relações comerciais entre os dois países.
Lula aproveitou o telefonema para destacar que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços, e reforçou que as tarifas impostas recentemente vêm prejudicando o comércio bilateral. O presidente brasileiro propôs que o próximo encontro entre ambos ocorra durante a Cúpula da ASEAN, na Malásia, em 26 de outubro, e também convidou Trump para participar da COP30, em Belém (PA), no dia 10 de novembro.
Trump, por sua vez, publicou na rede Truth Social que a conversa foi “ótima” e que ambos trataram principalmente de economia e comércio. “Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa — nossos países se darão muito bem juntos!”, afirmou o republicano.
Já Lula, em publicação no X (antigo Twitter), descreveu o diálogo como uma “oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”.
Dados recentes apontam que as exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 18,5% em agosto, primeiro mês de vigência das novas tarifas.
