O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) criticou a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a ampliação no número de vagas de deputados federais e estaduais com base no Censo de 2022. A medida mantém Mato Grosso com apenas 8 cadeiras na Câmara dos Deputados e 24 na Assembleia Legislativa até 2026.
Para Botelho, a decisão representa um retrocesso e reduz a força política do estado no cenário nacional. Segundo ele, a diminuição da representatividade tem impacto direto no volume de emendas parlamentares destinadas a Mato Grosso, o que significa menos recursos para investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
“Já era uma determinação do pleno. Agora, vem uma liminar de um ministro e muda tudo. O Supremo decide conforme o vento. Mato Grosso perde duas vagas na Câmara Federal”, afirmou.
O parlamentar também destacou que a medida afeta a formação das chapas proporcionais para as eleições de 2026. Partidos que já vinham se organizando para disputar as novas vagas terão de rever estratégias, cortar nomes e recalibrar alianças.
De acordo com Botelho, a mudança encarece as campanhas, já que o coeficiente eleitoral ficará mais alto, exigindo maior número de votos para conquistar uma cadeira. Na avaliação dele, isso pode levar à desistência de pré-candidatos e beneficiar apenas aqueles com maior estrutura política.
Além da questão eleitoral, Botelho reforçou que o maior prejuízo é para a população mato-grossense, que perde espaço de negociação em Brasília e vê reduzida sua capacidade de atrair recursos federais.