O nome de uma conhecida figura da sociedade mato-grossense, a ex-Miss Mato Grosso Taiany França Zimpel, ganhou as páginas policiais nesta semana. O Ministério Público do Trabalho (MPT) apontou que a empresa de sua propriedade, a T.F. Zimpel Ltda., foi responsável pela contratação de 20 trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão em uma fazenda de Nova Maringá, no último dia 15. Entre os resgatados estava um adolescente de apenas 17 anos.
Segundo o MPT, os empregados estavam submetidos a alojamentos precários, sem água potável, com atraso de salários e sem registro em carteira. O órgão concluiu que a empresa, responsável pelo recrutamento, e os donos da fazenda, que se beneficiaram diretamente da exploração da madeira, têm responsabilidade solidária pelas irregularidades.
Em meio à repercussão, a nota oficial da empresa foi recebida com atenção nos círculos sociais e empresariais da capital. A T.F. Zimpel negou ter contratado diretamente os funcionários, alegando atuar apenas como intermediadora de mão de obra. Ressaltou ainda que colaborou com a fiscalização, fornecendo documentos e apoio no acolhimento dos trabalhadores.
A empresa informou ter firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “sem confissão de culpa”, que prevê o pagamento de R$ 418 mil em verbas salariais e rescisórias, além de indenizações de R$ 1 milhão por dano moral coletivo e R$ 200 mil por dano moral individual.
Taiany, que já representou Mato Grosso nos concursos de beleza e circula com frequência nos principais eventos da sociedade cuiabana, agora enfrenta um momento delicado de exposição pública. A empresária reforçou que repudia veementemente práticas análogas à escravidão e prometeu tomar medidas legais contra o que considera uma divulgação distorcida dos fatos.
O episódio repercutiu não apenas no meio jurídico e trabalhista, mas também entre conhecidos da ex-Miss, que acompanham com atenção os desdobramentos de um caso que mistura negócios, responsabilidade social e reputação.