O policial militar Raylton Mourão confessou ter assassinado a tiros a personal trainer Rozeli da Costa Nunes, em Várzea Grande, em um crime motivado por um processo judicial no qual a vítima cobrava R$ 24 mil em danos morais e materiais dele e da esposa, Aline Valandro Kounz.
A ação judicial, movida em julho, estava relacionada a um acidente de trânsito ocorrido em março deste ano, envolvendo o carro de Rozeli, uma motocicleta e um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade do casal. A personal alegava ter sofrido prejuízos financeiros e abalo psicológico, pedindo R$ 9,6 mil em danos materiais e R$ 15 mil em danos morais.
Uma audiência de conciliação entre as partes estava marcada para 16 de setembro, mas a vítima foi executada cinco dias antes, no dia 11. Rozeli foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta no bairro Cohab Canelas, quando saía de casa para trabalhar. Segundo a investigação, Raylton estava na garupa e efetuou os disparos. O piloto ainda não foi identificado. O crime foi registrado por câmeras de segurança.
Após dez dias foragido, Raylton se entregou à polícia nesse domingo (21), no 1º Batalhão da PM, acompanhado de um advogado. Na manhã desta segunda-feira (22), ele prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e foi encaminhado ao Fórum de Cuiabá para audiência de custódia. Aline Kounz, esposa do militar, segue foragida.
Rozeli, que era casada com um caminhoneiro e deixou duas filhas, teve a ação judicial interrompida após sua morte. Sua advogada pediu a desistência do processo, informando que os herdeiros não têm interesse em dar continuidade.