Brasília viveu um 7 de setembro de contrastes neste domingo. De um lado, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam áreas entre a Torre de TV e o Eixo Cultural Ibero-americano, defendendo anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e até intervenção do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, no julgamento de Bolsonaro. Do outro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva liderou o tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, com a primeira-dama Janja, sob o tema “soberania nacional”.
Com faixas, bandeiras do Brasil e de Israel, os bolsonaristas superaram em número o público estimado no evento oficial, que não passou de 10 mil pessoas, segundo dados preliminares. Já a cerimônia de Lula contou com participação das Forças Armadas, da Esquadrilha da Fumaça e exposição de blindados.
Os gritos de “sem anistia” ecoaram entre parte do público presente ao desfile, em contraponto às manifestações que pediam liberdade para aliados de Bolsonaro e questionavam decisões judiciais. A dualidade evidenciou mais uma vez o cenário de polarização no país, em meio a disputas que envolvem tanto política interna quanto pressões externas, como as recentes tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.
