O governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos), que se apresenta como pré-candidato ao Palácio Paiaguás em 2026, afirmou que não vê com preocupação a possibilidade de uma aliança entre MDB e PL na disputa estadual. A especulação ganhou força após a deputada estadual Janaina Riva (MDB) declarar interesse em dialogar com o senador Wellington Fagundes (PL), seu sogro e também pré-candidato ao Governo.
“Não temo. Sempre falei que tenho humildade e vamos conversar com todos os partidos para buscar a aliança mais ampla possível, desde que não tenhamos que vender a alma”, declarou Pivetta.
Para ele, o cenário político ainda está indefinido e as articulações fazem parte do processo natural que antecede as eleições. “Todas as possibilidades estão abertas. Está muito longe das eleições do ano que vem. É natural os partidos conversarem, haver simpatia entre políticos em atividade. Vamos aguardar, trabalhar e, no ano que vem, a gente fala mais”, completou.
Segundo o governador em exercício, as coligações dependerão do respeito a princípios que considera fundamentais. “Não abrindo mão dos princípios, vamos procurar fazer as coligações”, frisou.
No cenário nacional, MDB e PL já estiveram juntos em pleitos recentes, como na eleição municipal de 2024 em São Paulo, quando o PL indicou o vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB), vitoriosa no pleito. Em Mato Grosso, no entanto, setores bolsonaristas resistem a uma aproximação, alegando que o MDB mantém vínculos com a esquerda.
Atualmente, o Republicanos, partido de Pivetta, e o PL integram a base de apoio ao governador Mauro Mendes (União Brasil). Mesmo reconhecendo que as legendas devem lançar candidaturas próprias, Pivetta defendeu a manutenção da união entre os atuais aliados.
“O apoio do Republicanos eu tenho desde sempre. Vamos procurar o apoio dos demais partidos, principalmente os que já estão na aliança conosco e, se possível, ampliar esse grupo”, concluiu.