Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebia o ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca na segunda-feira (18), a Rússia realizou o ataque aéreo mais pesado contra a Ucrânia desde julho.
Segundo a Força Aérea ucraniana, Moscou lançou 270 drones e 10 mísseis durante a madrugada desta terça-feira (19). Quatro mísseis e 16 drones conseguiram atravessar as defesas aéreas do país. O saldo até a manhã foi de oito mortos e 54 feridos em diferentes regiões.
Na região de Donetsk, cinco pessoas perderam a vida em cidades atrás das linhas de frente. Já em Zaporizhzhia, três pessoas morreram e 33 ficaram feridas, de acordo com autoridades militares locais. Há ainda registros de civis atingidos em Kharkiv, Kherson, Dnipropetrovsk e Nikopol.
Além das vítimas, os ataques deixaram ao menos 1.471 residências e 119 empresas sem energia elétrica na região de Poltava, no nordeste da Ucrânia. O administrador militar local, Volodymyr Kohut, classificou a ofensiva como um “ataque massivo”.
Conflito sem trégua
A guerra teve início em fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou a invasão em larga escala da Ucrânia. Desde então, Moscou ocupa cerca de um quinto do território vizinho e reivindica a anexação das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Mesmo diante da pressão internacional, o Kremlin mantém seus objetivos de guerra e intensifica ataques aéreos. Já a Ucrânia, por sua vez, vem realizando operações cada vez mais ousadas em solo russo, com o objetivo de enfraquecer a infraestrutura militar de Moscou.
Embora ambos os lados neguem ter civis como alvo, milhares de ucranianos já perderam a vida. Estima-se também que dezenas de milhares de soldados tenham morrido desde o início da guerra, embora números oficiais de baixas militares não sejam divulgados.
Os Estados Unidos calculam que 1,2 milhão de pessoas já tenham sido mortas ou feridas no conflito.