Em reunião nesta terça-feira (19), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) decidiram pedir a suspensão, por 120 dias, dos repasses a empresas de crédito consignado investigadas por irregularidades. O encontro contou com a presença do presidente da Assembleia, deputado Max Russi (PSB), da deputada Janaína Riva (MDB) e do conselheiro Sérgio Ricardo, relator das apurações no órgão.
A principal empresa citada é a Capital Consig, já alvo de ação judicial por supostas práticas ilegais. Outras consignatárias do mesmo grupo também estão incluídas no pedido, que será formalizado em normativa do TCE.
Max Russi reforçou que o objetivo é resguardar os servidores públicos que contrataram empréstimos. “Estamos ao lado dos trabalhadores que foram lesados. Não é justo que continuem pagando por algo que está sob suspeita. Essa suspensão é necessária até que todas as inconsistências sejam esclarecidas”, disse.
O conselheiro Sérgio Ricardo destacou que a medida tem caráter técnico e visa transparência. “O servidor público não pode ser penalizado por irregularidades das consignatárias. O trabalho é minucioso e cada contrato está sendo revisado”, afirmou.
Russi também lembrou que a Assembleia havia aprovado um projeto de lei para regular a questão, mas a proposta foi derrubada na Justiça. Ainda assim, garantiu que o Legislativo continuará acompanhando as investigações.
A suspensão, caso confirmada, deve trazer alívio financeiro imediato aos servidores, mas ainda depende de medidas definitivas para evitar novos prejuízos no futuro.
Crédito: Assessoria