O influenciador digital Hytalo Santos e o marido, Israel Nata Vicente, foram presos nesta sexta-feira (15) em São Paulo. Os mandados de prisão foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba, no âmbito de uma investigação que apura suspeitas de tráfico humano e exploração sexual infantil.
A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba, com apoio de forças policiais de outros estados.
Caso ganhou repercussão após denúncias
O nome de Hytalo passou a ser amplamente comentado após o youtuber Felca publicar, em 6 de agosto, um vídeo denunciando a “adultização” e sexualização de menores nas redes sociais. No conteúdo, ele citou o influenciador diretamente, o que levou a Justiça a determinar a desmonetização de seus vídeos com crianças, a exclusão de seu perfil no Instagram e a proibição de contato, tanto dele quanto dos pais, com os menores envolvidos.
O vídeo de Felca superou 20 milhões de visualizações em menos de quatro dias e motivou discussões políticas que resultaram na apresentação de propostas conhecidas como “Lei Felca”, voltadas ao combate à exploração infantil online.
Busca e apreensão antes da prisão
Dois dias antes da prisão, em 13 de agosto, a Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Hytalo, em um condomínio de luxo em João Pessoa. Ele não foi encontrado no imóvel.
Segundo o Ministério Público, o caso é tratado como de alta complexidade, envolvendo crimes sensíveis e a necessidade de preservar os direitos das vítimas.
Repercussão política
O deputado federal Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, afirmou que o caso pode ser apenas “a ponta do iceberg” e sugeriu a criação de um grupo de trabalho para desenvolver leis mais duras contra a exploração de menores na internet.
