O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, determinou a expulsão do deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (SP) da legenda.
A decisão foi motivada por declarações do parlamentar em defesa de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e por críticas direcionadas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As falas que culminaram na saída de Rodrigues do partido foram concedidas ao portal Metrópoles. Na entrevista, o deputado classificou como “absurda” a sanção aplicada contra Moraes pelo governo norte-americano, com base na Lei Magnitsky. “Trump precisa cuidar do próprio país e não se meter com o Brasil”, afirmou o parlamentar.
Segundo Valdemar, a repercussão das declarações gerou forte reação interna. “A pressão da nossa bancada foi muito grande. Nossos parlamentares entendem que atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ignorância sem tamanho”, disse o dirigente do PL em nota oficial. Ele também ressaltou a importância do diálogo internacional: “O que precisamos é de diplomacia e de diálogo, não de populismo barato, que só atrapalha o desenvolvimento da nossa nação”.
Antonio Carlos Rodrigues já havia se posicionado de forma crítica ao bolsonarismo. Em entrevista recente ao portal UOL, ele fez uma cobrança direta a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmando que o deputado “precisa ser menos filho e mais parlamentar”.
Além disso, mostrou reservas quanto ao projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, defendendo que o texto seja avaliado com mais rigor pelo Congresso: “Há inconsistências e o tema não deveria ser tratado em regime de urgência”.
Rodrigues foi ministro dos Transportes durante o segundo mandato de Dilma Rousseff (PT) e, nos bastidores, vinha sendo tratado como uma voz dissonante dentro do PL — o que contribuiu para sua exclusão da sigla. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: UOL)