A secretária municipal de Ordem Pública de Cuiabá, Juliana Palhares, afirmou nesta semana que a Prefeitura recebeu diversas denúncias indicando a possível atuação de facções criminosas na ocupação e construção irregular de imóveis em áreas públicas da Capital. Embora ainda não haja provas concretas, a gestora relatou que o caso já foi comunicado formalmente à Polícia Civil.
Na última sexta-feira (25), uma operação de desocupação resultou na demolição de construções irregulares em duas áreas públicas do loteamento Jardim Imperial II. Um dos terrenos era destinado a equipamento comunitário e o outro correspondia a uma área verde, ambos ocupados com edificações em fase inicial — mas com sinais de investimento expressivo.
“Era uma invasão recente e não havia pessoas morando, mas havia um poder aquisitivo significativo, porque já estavam em construção, levantando os muros com tijolo e alvenaria”, detalhou Juliana Palhares.
Segundo a secretária, apesar de não haver comprovação da participação direta de facções, o número de denúncias tem crescido, com relatos de que pessoas estariam sendo induzidas a adquirir imóveis irregulares por meio de organizações criminosas. “São inúmeras denúncias que chegaram através do nosso Web Denúncia e também da Secretaria de Habitação. A Prefeitura comunicou oficialmente a Polícia Civil”, reforçou.
Juliana destacou ainda que o município adotou a política de “tolerância zero” com relação às ocupações ilegais. “Infelizmente algumas pessoas são levadas a investir em loteamentos e construções que estão fadadas ao insucesso. Nosso objetivo é coibir essas ações de forma imediata para evitar que se consolidem e para que Cuiabá não cresça de forma desordenada”, finalizou.
A ação rápida da Prefeitura, segundo a gestora, impediu que a invasão fosse consolidada com a presença de moradores, o que poderia dificultar futuras intervenções. O caso segue sob investigação dos órgãos de segurança pública.