Governador compara invasão do Congresso a ações do MST e defende Bolsonaro

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou nesta semana que, na sua visão, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não liderou uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

A declaração foi dada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir a condenação de Bolsonaro e outros sete acusados no núcleo central da chamada “trama golpista”. A ação está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Como cidadão, olhando de fora, eu não vi golpe. Não vi tanque, não vi tiros. Vi pessoas cantando o hino e chorando com a bandeira na frente de quartel. Isso é manifestação”, disse Mendes a jornalistas.

Sobre os ataques aos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, Mendes reafirmou ser contra invasões, mas considerou as penas aplicadas excessivas. “Invadiram, erraram, depredaram. Têm que ser responsabilizados. Mas não com 15 anos de prisão. Tem gente que mata e pega seis anos”, comparou.

O governador também criticou o que considera tratamento desigual. “Alguém do MST está preso? Invadem propriedade privada, e nada acontece. O Congresso é importante, mas o lar e a fazenda também são”, disse.

Para Mendes, há uma confusão no país sobre como se aplicam as punições. “Vejo dois pesos e duas medidas. Isso não é bom nem para o curto nem para o longo prazo da nação.”

Se condenado, Bolsonaro pode pegar mais de 40 anos de prisão. Ele responde por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano ao patrimônio público e abolição violenta do Estado democrático de Direito.

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