Pela primeira vez na história da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), três mulheres exercem simultaneamente mandatos no Parlamento estadual. Além da deputada titular Janaina Riva (MDB), a Casa conta neste momento com a atuação da Professora Graciele (PT), que ocupa temporariamente a vaga de Lúdio Cabral, e de Valdeniria Dutra (PSB), suplente de Beto Dois a Um.
O feito representa um avanço importante na representatividade feminina na política mato-grossense. Com a presença das três parlamentares, o índice de participação feminina na Assembleia sobe de modestos 4,17% para 12,5% — ainda distante da paridade de gênero ideal, mas significativo diante da histórica sub-representação das mulheres na política.
“Esse é um momento histórico para o Parlamento e para as mulheres de Mato Grosso”, destacou Janaina Riva. “Algumas pautas precisam ser analisadas pelos olhos de quem vive e sente na pele determinadas realidades. Questões como o direito de escolha sobre o tipo de parto, o combate ao feminicídio e a redução da violência doméstica teriam mais vez e voz em Mato Grosso com mais mulheres no Parlamento. Espero pelo dia em que haja uma equiparação real, mas não deixo de comemorar o fato de agora sermos três, mesmo que temporariamente.”
A 20ª Legislatura já registrou a presença de seis deputadas mulheres, entre titulares e suplentes que assumiram mandatos por meio do rodízio parlamentar: Sheila Klener (PSDB), Sandy de Paula (União Brasil), Priscila Dourado (PSB) e Marildes Ferreira (PSB), além das três atualmente em exercício.
A presença dessas mulheres não apenas amplia o espectro de debates sobre temas de interesse social, como também inspira uma nova geração de lideranças femininas a ocuparem espaços de poder e decisão. A política em Mato Grosso, aos poucos, começa a ter mais voz de mulher — e isso transforma não só o Parlamento, mas a sociedade como um todo.