O juiz Romeu Cunha, da 56ª Zona Eleitoral de Brasnorte, negou o pedido feito pela Promotoria Eleitoral para tornar o prefeito Edelo Ferrari inelegível. Com a decisão, Edelo segue com seus direitos políticos preservados e permanece apto a disputar qualquer eleição, inclusive estando atualmente no exercício do cargo de prefeito.
O magistrado manteve sua decisão anterior pela cassação dos mandatos do prefeito, da vice-prefeita Roseli Borges e do vereador Gilmar Gonçalves. A decisão judicial se baseia em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), movida por suposta prática de compra de votos junto a comunidades indígenas durante o processo eleitoral de 2024. Cabe recurso da decisão.
Edelo Ferrari anunciou que recorrerá da cassação no cargo, ou seja, continuará exercendo normalmente suas funções enquanto o recurso tramita. A defesa do prefeito reitera que não há provas de compra de votos e sustenta que as acusações são infundadas.
Na última sexta-feira, 04, lideranças indígenas das quatro etnias presentes em Brasnorte realizaram uma manifestação pacífica em frente ao fórum da cidade em apoio ao prefeito. Durante o protesto, os indígenas declararam que não foram abordados por Edelo ou qualquer representante da campanha dele para negociar votos, reafirmando que o apoio nas urnas foi espontâneo.
“Votamos conscientes, não vendemos votos. Respeitem o nosso direito de escolher em quem queremos votar. Os indígenas sabem escolher em quem querem votar, não vendemos os nossos votos e sabemos dos nossos direitos”, afirmaram as lideranças indígenas durante a manifestação.