O julgamento de Sean “Diddy” Combs movimentou os tribunais de Nova York nesta quarta-feira (2), quando o veterano rapper foi considerado culpado por duas acusações de transporte para prostituição, enquanto foi absolvido das demais — incluindo conspiração para extorsão e tráfico sexual. A decisão dividida do júri gerou reações imediatas entre os advogados de acusação e defesa, refletindo as tensões que marcaram o caso.
Durante a audiência de fiança no fim da tarde, o juiz Arun Subramanian rejeitou o pedido de liberdade provisória, afirmando não ver motivos para rever sua posição. “A própria defesa admitiu episódios de violência do réu em relações íntimas, como no caso de Cassie Venture e de uma das vítimas identificadas apenas como Jane”, declarou o magistrado ao justificar sua decisão.
A sentença definitiva está prevista para 3 de outubro, às 11h (horário de Brasília), mas a data poderá ser antecipada, conforme sinalizou a defesa. Uma nova audiência remota sobre o agendamento foi marcada para a próxima terça-feira (8), às 15h.
Divergência entre defesa e acusação
A advogada Lisa Bloom, representante de Dawn Richard — uma das 34 testemunhas de acusação — lamentou o resultado parcial. “O veredito dividido é uma decepção. Mas as acusações criminais não encerram a luta. Continuaremos firmes nas ações civis contra Sean Combs até alcançar justiça total para Dawn”, declarou em nota.
Do outro lado, o advogado de defesa Marc Agnifilo celebrou o desfecho como uma conquista. “Foi uma grande vitória para Sean Combs e para o sistema de júri”, afirmou à imprensa. Ele também destacou a atuação do corpo de jurados: “Eles ouviram cada palavra e entenderam o caso corretamente. Hoje é uma vitória das vitórias para Sean Combs.”
Entenda o caso
Sean Combs enfrentava um total de cinco acusações: uma de conspiração para extorsão, duas de tráfico sexual e duas de transporte para prostituição. O júri optou por condená-lo apenas nas acusações relacionadas ao transporte de vítimas para fins de prostituição — o que implica pena de prisão federal.
O caso se tornou um dos mais midiáticos dos últimos tempos nos Estados Unidos e já inspira produções audiovisuais, incluindo um documentário em desenvolvimento pela Netflix.