A disputa política nas redes sociais continua desequilibrada no Brasil. Dados levantados pela consultoria Bites e divulgados pela Folha de S.Paulo revelam que os principais políticos de direita no país têm mais que o dobro de seguidores em relação aos seus pares da esquerda, e registraram três vezes mais engajamento ao longo de 2025.
O levantamento mostra que a direita não só mobiliza maior audiência como também consegue converter seguidores em ações — curtidas, compartilhamentos e comentários — em escala muito superior à esquerda. Essa diferença tem se tornado um problema estratégico para o governo Lula (PT), que enfrenta dificuldades em estabelecer uma comunicação eficaz nas plataformas digitais.
Enquanto políticos bolsonaristas continuam a dominar o debate nas redes com campanhas agressivas e mensagens diretas, os nomes ligados ao campo progressista ainda lutam para se reorganizar digitalmente e conquistar espaços de fala relevantes nos ambientes virtuais.
Analistas apontam que essa disparidade tem impactos diretos na formação da opinião pública, especialmente em períodos pré-eleitorais, quando o comportamento online influencia fortemente decisões offline. A vantagem digital da direita também pressiona o governo a rever sua estratégia de comunicação, que ainda depende fortemente de canais institucionais e tradicionais.
