Citado por suposto envolvimento em esquema de R$ 28 milhões, Cattani rebate

 

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) negou qualquer envolvimento em um suposto esquema de corrupção ligado à destinação de emendas parlamentares investigadas pela Polícia Civil de Mato Grosso. Segundo ele, sua atuação se limitou ao envio das verbas, sem participação no processo de execução ou contratação.

“Não roubei nada, não desviei nada, não propinei e nem fui propinado. Simplesmente mandei em emendas, que é um direito do parlamentar”, afirmou o deputado à imprensa.

Cattani é um dos 14 deputados citados em investigação que aponta indícios de sobrepreço de R$ 10,2 milhões na compra de kits agrícolas pela Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf), por meio de 24 termos de fomento com o Instituto Pronatur (de Natureza e Turismo). A operação foi desencadeada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), no âmbito da Operação Suserano, deflagrada em setembro de 2024.

A Polícia identificou indícios de que o esquema pode ter causado prejuízo de até R$ 28 milhões aos cofres públicos. O empresário Alessandro do Nascimento é apontado como suposto beneficiário oculto do esquema, sendo sócio informal de empresa que teria recebido recursos provenientes das emendas.

A Polícia Civil solicitou no dia 15 de maio o encaminhamento do inquérito à Polícia Federal, dado o possível envolvimento de recursos federais e a complexidade da investigação.

Apesar da citação, Cattani disse estar tranquilo: “Durmo que nem um anjo”. Ele ainda alegou que não é possível para um deputado fiscalizar todas as etapas após o envio da verba. “Nós mandamos a emenda para um objetivo. Licitação, compra, contratação não dependem do deputado”, completou.

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