Após críticas de parlamentares do Partido Liberal (PL), o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que a cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) será decidida pelo plenário. A mudança de postura veio após aliados pressionarem para que fosse respeitado o artigo 55 da Constituição, que exige deliberação da Casa sobre perda de mandato.
uw Durante sessão plenária, Motta foi cobrado por nomes como André Fernandes (PL-CE), que classificaram como equivocada a condução inicial do caso. Diante da repercussão, o presidente da Câmara garantiu que a tramitação seguirá o regimento, com direito de defesa à deputada e julgamento final pelo plenário, que, segundo ele, é soberano e legítimo para tomar decisões desse porte.
O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, agradeceu o recuo e pontuou a importância de estabelecer um precedente claro para futuras situações envolvendo parlamentares em conflito com a Justiça.
ZAMBELLI NA MIRA DA INTERPOL
Licenciada do mandato, Carla Zambelli permanece na Itália e é procurada pela Interpol por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao lado do hacker Walter Delgatti. A ação teria como objetivo desacreditar o Judiciário brasileiro.
Apesar de estar na lista de difusão vermelha da organização internacional, o embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, afirmou que não há operações em curso para sua prisão. Zambelli, por sua vez, alega ser vítima de perseguição política e prometeu “atuar contra o STF no exterior”, seguindo a estratégia do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).