Médico matou namorada com disparo acidental, conclui laudo oficial

O laudo pericial da Politec confirmou que o disparo que matou a adolescente Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi acidental. O autor do tiro, o namorado da jovem, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, continua indiciado por feminicídio e outros cinco crimes. O caso aconteceu no último dia 3 de maio, em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá.

Segundo o delegado Waner Neves, responsável pela investigação, mesmo sem intenção direta, Bruno assumiu o risco ao manusear imprudentemente uma arma de fogo dentro do veículo em movimento. O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público do Estado (MPMT), que decidirá se oferece denúncia formal à Justiça.

Além de feminicídio, Bruno responde por:

  • Porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

  • Disparo de arma de fogo

  • Condução sob efeito de álcool

  • Entrega de direção a pessoa não habilitada

  • Fornecimento de bebida alcoólica a menor de idade

O crime

Bruno contou em depoimento que os dois voltavam de uma festa e consumiram bebida alcoólica. Durante o trajeto, Kethlyn teria assumido o volante, sentada no colo dele, enquanto o médico “brincava” com a arma. Ao tentar realizar um disparo para fora do carro e verificar uma falha no funcionamento, acabou efetuando o disparo acidental que atingiu a nuca da adolescente.

Ela foi socorrida pelo próprio namorado a uma unidade de saúde, ainda com vida, mas morreu após cerca de 40 minutos de tentativa de reanimação. Testemunhas relataram que Bruno ficou em estado de choque e quebrou portas e janelas do hospital ao receber a notícia da morte.

Repercussão

Imagens já divulgadas mostram o casal manuseando a arma, o que reforça a linha investigativa sobre imprudência e comportamento de risco. O CRM-MT abriu uma sindicância para apurar a conduta do médico, que pode culminar na instauração de um processo ético-profissional.

Bruno se entregou à polícia dois dias após o crime. Sua prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva. A Justiça deve analisar o caso nos próximos dias, após manifestação do Ministério Público.

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