A vereadora Maysa Leão (Republicanos) declarou nesta terça-feira (20) que a Câmara de Cuiabá pode, sim, abrir um processo ético contra os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), afastados judicialmente sob acusação de recebimento de propina no exercício do mandato. Segundo ela, a medida seria não apenas legítima, mas também uma oportunidade para os próprios parlamentares apresentarem sua defesa de forma transparente.
“A população pode cobrar e acompanhar. A gente não condena as pessoas de antemão, mas a abertura de um processo ético é a oportunidade de defesa desses vereadores e a gente vai tomar providência”, afirmou Maysa em entrevista à imprensa.
A vereadora também fez questão de lembrar que a Câmara de Cuiabá possui um histórico de cassação de vereadores acusados de improbidade e quebra de decoro. “Faço um compromisso público: que a gente faça, sim, um trabalho, principalmente em cima de materialidade. A Câmara de Cuiabá é o único Parlamento de Mato Grosso que já cassou, em quase todas as legislaturas, vereadores acusados de improbidade por quebra de decoro. Essa Casa, de fato, cassa pessoas que quebram o decoro”, pontuou.
Sobre o pedido de abertura de comissão processante contra Chico 2000, feito pelo ex-juiz federal Julier Sebastião (PT) e rejeitado pela Casa, Maysa classificou a ação como motivada por questões pessoais. “Isso foi um objeto de vingança pessoal do ex-juiz Julier, que tem uma necessidade de revanche contra o Chico. Ele colocou prints de matérias e em nenhum deles coloca o Chico dentro do caso. A gente precisa ser responsável”, concluiu.
O caso envolvendo os dois parlamentares segue sob investigação judicial, enquanto a Câmara avalia os desdobramentos internos e as medidas a serem adotadas no Legislativo municipal.
