Feminicídio e seis crimes: médico é indiciado pela morte de namorada de 15 anos

 

A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu o inquérito sobre a morte da adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos, atingida por um disparo na cabeça dentro de um carro, na madrugada de 3 de maio. O médico Bruno Felisberto, de 29 anos, foi indiciado por feminicídio e outros seis crimes. Se condenado, pode pegar até 62 anos de prisão em regime fechado.

O tiro partiu de uma arma ilegal que Bruno portava no banco do passageiro, logo após o casal deixar um bar no centro da cidade. Imagens de câmeras e depoimentos confirmam que o crime aconteceu menos de cinco minutos depois que Ketlhyn assumiu a direção do veículo.

Apesar de afirmar que o disparo foi acidental e que acreditava que a arma estava descarregada, a versão do médico foi descartada pelo delegado Waner Neves. Segundo ele, os indícios apontam para feminicídio. Além disso, Bruno foi indiciado por:

  • Porte ilegal de arma de uso restrito

  • Disparo de arma de fogo

  • Dano ao patrimônio público

  • Dirigir sob efeito de álcool

  • Entregar veículo a pessoa não habilitada

  • Fornecer bebida alcoólica a menor de idade

A cronologia da noite reforça a gravidade do caso. À 0h55, os dois deixaram o bar. Três minutos depois, Ketlhyn dirigia o carro quando foi baleada. À 1h01, Bruno assumiu o volante e chegou ao hospital em alta velocidade. A morte da adolescente foi confirmada às 1h28. Em estado de choque, ele chegou a danificar equipamentos da unidade ao receber a notícia.

O histórico do relacionamento também pesa contra o médico. Os dois se conheceram em 2024, por meio da irmã de Ketlhyn. Em janeiro deste ano, iniciaram uma união estável. Três meses depois, a jovem foi levada ao hospital com sangramentos no nariz. Bruno, que fez o atendimento, negou qualquer suspeita de agressão.

Bruno está preso preventivamente desde o dia 5 de maio. Para a polícia, há provas suficientes de que o crime foi motivado por violência de gênero, agravada pela idade da vítima e pela relação de vulnerabilidade. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que analisa o caso para eventual denúncia formal.namora

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