Douver Braga, brasileiro natural de Petrópolis (RJ) e fundador do Trade Coin Club (TCC), é o principal alvo da Operação Fantasos, deflagrada nesta quarta-feira (30) pela Polícia Federal. Ele está preso nos Estados Unidos desde fevereiro, após ser extraditado da Suíça, e é acusado de liderar um esquema internacional de fraude com Bitcoin avaliado em US$ 290 milhões — cerca de R$ 1,6 bilhão.
Segundo autoridades americanas, Braga operava uma clássica pirâmide financeira disfarçada de plataforma de investimento em criptomoedas. Os investidores podiam acompanhar os supostos rendimentos por meio de um site falso, criado apenas para simular movimentações financeiras. Entre 2016 e 2019, ele teria desviado ao menos US$ 50 milhões diretamente para contas pessoais.
A TCC encerrou suas atividades nos Estados Unidos em 2018, após clientes começarem a relatar dificuldades para resgatar seus investimentos. O caso é tratado como um dos maiores esquemas de fraude com criptoativos já registrados no país.
A Justiça dos EUA acusa Braga de enganar dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo, prometendo retornos altos e rápidos. Segundo o Departamento de Justiça, cerca de 82 mil bitcoins foram entregues ao esquema — volume avaliado em mais de US$ 290 milhões à época.
Apesar das acusações, Braga se declarou inocente. Se condenado, pode pegar até 20 anos de prisão.