Um marco importante para o Sistema Penitenciário de Mato Grosso: nesta quarta-feira (16), 75 novos servidores foram oficialmente formados, entre eles 18 profissionais de nível superior — como enfermeiros e assistentes sociais — que passam a integrar as equipes multidisciplinares das unidades prisionais do estado.
A cerimônia, realizada no Palácio Paiaguás, contou com a presença da presidente do Sindicato dos Profissionais de Nível Superior com Habilitação Específica do Sistema Penitenciário de Mato Grosso (SINPHESP/MT), Eunice Teodora, que celebrou a conquista e reforçou o papel fundamental dos profissionais de nível superior na execução de políticas públicas no sistema penal.
“Esses profissionais são parte essencial da engrenagem que garante a dignidade, a humanização e o cumprimento da Lei de Execução Penal. Psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, pedagogos, advogados e tantos outros são os que executam, de fato, as políticas ressocializadoras dentro das unidades. São eles que acompanham a pena e atuam diretamente na reintegração social das pessoas privadas de liberdade”, destacou a presidente.
Os novos servidores passaram por um processo de qualificação intenso na Academia da Polícia Penal, onde foram preparados para os desafios da rotina prisional e conheceram de perto os processos de gestão da Secretaria de Justiça.
Além de Eunice, participaram da cerimônia o governador Mauro Mendes, o secretário de Estado de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Zuquim, além de familiares e representantes da Academia da Polícia Penal.
Durante seu discurso, o governador reconheceu a importância do reforço técnico no sistema prisional e citou os investimentos recentes, como a convocação de 488 policiais penais e a ampliação de vagas nas unidades. Ele também mencionou o histórico do concurso público de 2016, ainda em aberto, e a necessidade de chamar os profissionais que continuam aguardando nomeação.
“O sistema prisional não pode ser apenas repressivo. Ele precisa ser, também, ressocializador. Para isso, são indispensáveis os profissionais de nível superior, que fazem com que as políticas públicas saiam do papel e ganhem vida nas unidades. Precisamos finalizar essa etapa e chamar os cerca de 120 concursados restantes, porque o sistema e a sociedade precisam deles”, afirmou.
O SINPHESP/MT segue atuando juridicamente e politicamente pela nomeação dos aprovados no concurso de 2016, que aguardam há quase nove anos. Segundo Eunice Teodora, o sindicato continuará firme em sua missão de lutar pela valorização dos profissionais e pela efetivação de um sistema prisional mais justo, eficaz e humano.
