Senado aprova porte de arma para advogados; proposta segue para CCJ

 

A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou nesta terça-feira (8) um projeto de lei que autoriza o porte de arma de fogo para advogados em todo o território nacional. A medida tem como finalidade a defesa pessoal e agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

De autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que também preside o colegiado, o texto recebeu parecer favorável do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que fez ajustes à proposta. Segundo ele, a medida não representa uma “liberação indiscriminada” de armas.

“O texto é claro: é preciso comprovar o exercício efetivo da advocacia, além de atender aos critérios já exigidos por lei, como capacidade técnica, avaliação psicológica e idoneidade”, afirmou Vieira. O projeto também prevê a regulamentação do porte pelo Conselho Federal da OAB.

Apesar da liberação, o texto proíbe o porte em fóruns, tribunais, presídios e outros locais com regras próprias de segurança, como escolas, igrejas, estádios e clubes.

Vieira destacou ainda que o projeto busca dar tratamento isonômico aos advogados, equiparando-os a juízes e promotores, que já têm direito ao porte. “Todos integram corpos técnicos essenciais à função jurisdicional do Estado”, justificou.

Outros projetos aprovados

Na mesma reunião, a comissão aprovou outras três propostas:

  • Agravamento de penas para os crimes de furto, roubo e receptação, com relatoria do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS);
  • Penas mais severas para crimes de homicídio, furto, roubo, extorsão e sequestro quando as vítimas forem motoristas de transporte público, privado ou de aplicativo;
  • Inclusão da corrupção ativa e passiva no rol dos crimes hediondos.

Todos os projetos seguem agora para análise da CCJ.

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