A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na última terça-feira (1º) o reajuste anual da tarifa de energia elétrica para Mato Grosso. A boa notícia é que, para a imensa maioria dos consumidores do estado — 99,5% dos clientes, classificados como de baixa tensão — o aumento será praticamente nulo: apenas 0,34%.
Já os consumidores residenciais do chamado Grupo B terão um acréscimo ainda menor: 0,23%. Isso representa mais um ano de reajuste negativo acumulado, o que alivia o bolso dos mato-grossenses em tempos de inflação e aumento do custo de vida.
Para os consumidores do Grupo A, que utilizam média e alta tensão (como grandes empresas e indústrias), o reajuste médio será de 5,42%. Todas as alterações entram em vigor a partir do dia 8 de abril.
Segundo a Energisa, concessionária responsável pela distribuição de energia no estado, o cálculo segue os critérios estabelecidos no contrato de concessão e busca garantir equilíbrio entre os custos operacionais e a modicidade tarifária. A empresa também destacou ações como o combate ao furto de energia e a análise rigorosa de projetos como estratégias para conter aumentos desnecessários.
Outro ponto positivo é que os reajustes ficaram abaixo dos principais índices inflacionários do país. Nos últimos 12 meses, o IGP-M acumulou 9,29% e o IPCA, 5,48%. Em contraste, o reajuste para a maior parte dos consumidores mato-grossenses ficou bem abaixo disso, reforçando o cenário de estabilidade tarifária.
Atualmente, Mato Grosso conta com cerca de 1,7 milhão de unidades consumidoras. E mesmo com tarifas sob controle, o estado lidera o ranking nacional de investimento per capita em distribuição de energia para 2025 — o que indica um compromisso com a melhoria da infraestrutura elétrica, sem repassar aumentos significativos à população.