Ato em São Paulo contra anistia pouca adesão apesar do esforço das lideranças

 

A manifestação convocada por entidades e movimentos de esquerda contra o projeto de anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023 registrou baixa adesão em São Paulo.

O ato foi organizado por grupos como a Central de Movimentos Populares (CMP), Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de entidades sindicais como a CUT e a Apeoesp. Representantes de partidos como PT, PSOL, PC do B e UP também participaram.

Apesar do esforço das lideranças, a mobilização reuniu um público modesto. Segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common, cerca de 6.560 manifestantes compareceram, com margem de erro de 12%. Já o departamento de Inteligência da Polícia Civil estimou o público em aproximadamente 5 mil pessoas—um número bem abaixo do registrado em manifestações recentes, como o ato bolsonarista em Copacabana, que, segundo os mesmos pesquisadores, contou com 18,3 mil participantes.

A concentração ocorreu na Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, e seguiu até o 36º DP, antiga sede do DOI-Codi, órgão de repressão da ditadura. Discursaram no evento os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Durante sua fala, Boulos chegou a afirmar que o público presente era superior ao da manifestação bolsonarista no Rio, apesar dos números indicarem o contrário.

Também estiveram presentes a deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), a presidente do PSOL, Paula Coradi, e a vereadora Amanda Paschoal (PSOL).

O ato reforçou o discurso contra a anistia, mas a baixa adesão evidencia desafios na mobilização popular sobre o tema.

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