Nos três primeiros meses de 2025, a arrecadação de impostos no Brasil alcançou R$ 912,3 bilhões, conforme dados do impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O valor reflete a soma de tributos federais como IR, IPI, IOF, FGTS e Previdência, entre outros, destacando o peso da carga tributária sobre os contribuintes.
De acordo com a ACSP, para atingir esse montante, os brasileiros precisaram trabalhar, em média, 149 dias no ano apenas para quitar os impostos. São Paulo lidera como o Estado que mais contribui, com 37,3% do total arrecadado, seguido por Rio de Janeiro (13,7%) e Minas Gerais (7%).
A ACSP também destacou a discrepância entre a arrecadação e o retorno social gerado pelos tributos. O Brasil ocupa a 30ª posição no Índice de Retorno de Bem-Estar Social (Irbes), que mede a eficiência da aplicação dos impostos em serviços públicos, enquanto países como Irlanda, Estados Unidos e Suíça figuram no topo do ranking.
Para ilustrar a magnitude do valor arrecadado, a associação calculou que R$ 912,3 bilhões renderiam quase R$ 180 milhões por dia se aplicados na poupança. Esse montante seria suficiente para pagar dez salários mínimos por mês durante mais de 8 milhões de anos. Caso fosse necessário transportar todo esse dinheiro em cédulas de R$ 100, seriam necessários 301 contêineres.
