Polícia Civil desmantela esquema de extorsão com distribuição de água em Cuiabá e VG

 

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quinta-feira (20), a Operação Falso Profeta, com o objetivo de desarticular um esquema de extorsão e lavagem de dinheiro praticado por uma facção criminosa contra distribuidores de água mineral em Cuiabá e Várzea Grande.

O principal alvo da operação é um pastor de uma igreja no bairro Pedra 90, identificado como líder da facção criminosa e mentor do esquema. Ele está foragido no Rio de Janeiro. A ação cumpre 30 ordens judiciais, incluindo sete mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e bloqueio de contas bancárias que podem chegar a R$ 1,5 milhão.

Projeto Água: comerciantes ameaçados

As investigações, iniciadas em novembro de 2024, revelaram que os criminosos forçavam os comerciantes a comprar apenas os galões de água fornecidos pela facção, além de pagar uma taxa de R$ 1 por unidade vendida. Para isso, criaram um grupo de WhatsApp para monitorar os distribuidores. Caso alguém tentasse sair do esquema, era intimidado com ameaças veladas.

Organização criminosa e lavagem de dinheiro

O grupo contava com divisão de tarefas: enquanto alguns controlavam o esquema financeiro e logístico, outros visitavam estabelecimentos para garantir o pagamento das taxas. A facção utilizava empresas de fachada e um caminhão próprio para distribuir os galões, disfarçando a origem ilícita do dinheiro.

As investigações apontam que parte dos recursos era enviada ao Rio de Janeiro, considerado o berço da organização criminosa. Empresas do ramo de bebidas e distribuição de água eram usadas para ocultar as movimentações financeiras.

Nome da operação e canal de denúncias

O nome “Falso Profeta” faz referência ao principal investigado, que atuava como pastor na capital mato-grossense.

O Governo do Estado reforçou o canal “Disque Extorsão contra Facções Criminosas”, disponível pelo telefone 181 e online, garantindo sigilo absoluto para denúncias.

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