O presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Wanderley Cerqueira (MDB), afirmou que a Comissão de Ética da Casa não deve tomar medidas contra os vereadores Adilson Luiz Mayer de Arruda (Republicanos), conhecido como Adilsinho, e Kleberton Feitoza Eustaquio (PSB), o Feitoza.
Segundo Cerqueira, a investigação está sob responsabilidade da Polícia Federal, e a Câmara não tem competência para apurar o caso. Mesmo sem acesso à denúncia, ele classificou a situação como um “fato isolado”.
Apesar dessa posição, a Câmara de Cuiabá já adotou um procedimento diferente no passado, quando abriu um processo contra o então vereador Paulo Henrique (MDB) após sua prisão pela Polícia Federal por envolvimento com uma facção criminosa em 2024.
A investigação atual faz parte da Operação Escambo Eleitoral, que apura se os vereadores Adilsinho e Feitoza compraram votos em Várzea Grande fornecendo água à população. Além disso, eleitores teriam recebido propostas de troca de votos por dinheiro, óleo diesel e outros benefícios, o que configura crime eleitoral.
A questão do abastecimento de água é um problema crônico na cidade. No ano passado, às vésperas das eleições, a Polícia Civil deflagrou a Operação Gota D’Água, que revelou um esquema de uso político do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande.