Casal processa empresa e cantor Leonardo por fraude em empreendimento imobiliário

O casal Eloizio Ramos Cardoso e Maria da Glória Rodrigues entrou com uma ação judicial contra a empresa AGX, do empresário Aguinaldo José Anacleto, e o cantor Leonardo, após adquirirem cinco lotes em um residencial irregular divulgado pelo artista na cidade de Querência, no Vale do Araguaia, Mato Grosso. A ação busca a rescisão do contrato, a devolução do dinheiro pago e indenização por danos morais, totalizando um valor estimado de R$ 83.996,01.

Eloizio e Maria, um casal simples de Goiânia, se mudaram para Querência em busca de novas oportunidades de trabalho. Com economias duramente conquistadas, inicialmente pensaram em abrir uma fábrica de gesso, mas a falta de viabilidade levou-os a investir em terrenos. Quando o cantor Leonardo e a empresa AGX anunciaram o lançamento do residencial Munique Smart Life, o casal viu uma oportunidade de investir e comprou cinco lotes, pagando R$ 26 mil de entrada e parcelando o restante.

No entanto, após três anos de espera, o casal descobriu que os lotes não estavam regularizados e que a promessa de entrega rápida não seria cumprida. Em agosto do ano passado, após orientações de seu advogado, deixaram de pagar as parcelas. O terreno, por sua vez, está agora sendo alvo de uma ação de reintegração de posse pelos antigos donos, que alegam que Aguinaldo Anacleto não cumpriu com os pagamentos acordados e que o empreendimento está irregular junto à Prefeitura de Querência.

Em depoimento, Maria relatou o impacto emocional do golpe. “Foi muito triste. Meu marido tem problemas de pressão, e ficou mal depois disso. Somos pobres, lutando para sobreviver, e levar um golpe desse tamanho é um baque grande”, lamentou.

A defesa do casal sustenta que Leonardo atuou como parceiro de marketing, fazendo com que compradores acreditassem que ele tinha participação no empreendimento. O cantor, por sua vez, se defende alegando que apenas cedeu sua imagem para a campanha publicitária e que não tem envolvimento direto com o negócio.

Por outro lado, a AGX nega as acusações de fraude, alegando que o projeto do residencial envolve captação de investidores e que os processos legais sobre o caso estão sendo conduzidos corretamente. A empresa também sustenta que Leonardo não tem responsabilidades administrativas, apenas firmou um contrato publicitário.

O caso segue em trâmite judicial, e os envolvidos aguardam a definição das responsabilidades legais.

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