Filme sobre ditadura provoca reação de Bolsonaro: “Tinha que começar comigo”

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, e atacou a atriz Fernanda Torres durante uma entrevista ao Portal Léo Dias. A declaração acontece em meio à repercussão da produção brasileira, que disputa uma vaga no Oscar.

“O filme tinha que começar comigo”, ironiza Bolsonaro

Questionado se havia assistido ao longa e se estava torcendo pelo Brasil na premiação internacional, Bolsonaro ironizou a produção e fez um paralelo com sua trajetória política. “O filme tinha que começar comigo”, disse. Em vez de comentar diretamente a obra, o ex-presidente resgatou teorias sobre Rubens Paiva, político cassado e desaparecido durante a ditadura militar.

Sem assistir, Bolsonaro diz não ter tempo para filmes

Mesmo após insistência do jornalista, Bolsonaro admitiu que não assistiu ao filme. “Eu não tenho tempo de ver filme, até ler livro é quase impossível pra mim”, declarou. Sobre sua torcida pelo Brasil no Oscar, ele desviou do tema e respondeu apenas: “O brasileiro ganha em qualquer lugar”.

Bolsonaro também direcionou críticas à atriz Fernanda Torres, protagonista do longa, por ter declarado que o filme não poderia ter sido feito durante seu governo. “A mensagem ali é política. Ela falou que no meu governo não seria possível fazer aquele filme. Não seria por quê? Eu proibi algum filme no meu governo?”, questionou.

O jornalista Léo Dias perguntou se houve perseguição a artistas críticos de sua gestão, mencionando denúncias de que a Receita Federal teria investigado nomes ligados ao movimento Ele Não. Bolsonaro negou qualquer envolvimento e declarou: “Eu não determinei nada disso”.

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