O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou as punições aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, classificando-as como desproporcionais. Em suas declarações, ele comparou as condenações dos manifestantes às de traficantes de drogas, argumentando que criminosos que movimentam toneladas de entorpecentes recebem penas menores do que aquelas impostas aos réus dos atos ocorridos em Brasília.
Mendes também afirmou que muitos dos manifestantes não tinham intenção golpista e que, entre os condenados, há cidadãos comuns que receberam penas severas e incompatíveis com os crimes imputados. Segundo ele, o rigor nas condenações reforça um debate necessário sobre os critérios adotados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na definição das punições, algumas ultrapassando 15 anos de prisão.
O posicionamento do governador mato-grossense ecoa críticas já feitas por outros políticos e setores da sociedade, que alegam excesso nas condenações e defendem a possibilidade de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A comparação com o tráfico de drogas amplia o debate sobre a proporcionalidade das decisões judiciais no país.