O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não escondeu sua insatisfação com os vereadores Marcrean Santos (MDB) e Alex Rodrigues (PV), que recentemente migraram para a base de apoio do prefeito Abílio Brunini (PL). Para Emanuel, a atitude dos parlamentares foi uma “traição” ao grupo político que ele lidera e representou um golpe dentro do MDB.
A mudança de posicionamento de Marcrean e Alex foi decisiva para a eleição de Paula Calil (PL) como nova presidente da Câmara Municipal, com apoio de Abílio. A vitória de Calil frustrou os planos do grupo de Pinheiro, que tentava reeleger Chico 2000 (PL), aliado de longa data e ex-presidente do Legislativo.
“Algumas decepções políticas de um companheiro ou outro, mas a gente tenta relevar. Teve traidores, o meu líder na Câmara, o Marcrean, mas isso vai ser tratado dentro do partido após o Carnaval”, afirmou Emanuel, demonstrando que a questão será discutida internamente no MDB.
A tensão política entre os grupos de Emanuel e Abílio se intensificou desde a eleição municipal de 2020, quando o ex-prefeito foi derrotado pelo atual gestor. Agora, a disputa pelo comando da Câmara expôs mais uma reviravolta na política cuiabana, com antigos aliados trocando de lado e reforçando o grupo adversário.
Além de Marcrean e Alex, Emanuel também criticou o deputado estadual Juca do Guaraná (MDB), que recentemente participou de um evento ao lado do governador Mauro Mendes (União Brasil), principal rival político de Pinheiro.
“Depois que eu vi o Juca cantando ao lado de Mauro Mendes em uma festa, o que eu vou fazer?”, ironizou o ex-prefeito, dando a entender que o deputado também estaria se afastando de seu grupo político.
A turbulência dentro do MDB cuiabano promete novos desdobramentos, com possíveis ajustes internos e cobranças de fidelidade partidária após o Carnaval.
