Na noite desta segunda-feira (12), a equipe do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE VG) celebrou a retomada do funcionamento da bomba de captação da ETA Velha (ETA I), após cinco dias de trabalho ininterrupto. O restabelecimento do abastecimento de água aliviou parte da crise enfrentada por milhares de moradores, mas evidenciou um problema maior: a fragilidade da infraestrutura hídrica do município e a falta de investimentos no setor.
O apagão hídrico começou com a manutenção de uma adutora rompida no Centro Norte, mas revelou uma cadeia de falhas resultante de sucateamento, furtos e vandalismo. Além da ETA I, a bomba da ETA Cristo Rei também parou, agravando ainda mais o cenário. Hospitais, escolas e milhares de residências ficaram sem fornecimento regular de água, forçando o DAE a intensificar a distribuição com caminhões-pipa.
A crise hídrica trouxe à tona a ineficiência do poder público em prevenir colapsos desse tipo. A falta d’água não é um problema isolado, mas uma conseqüência da falta de planejamento e investimentos a longo prazo. A necessidade de manutenção constante e emergencial reforça a urgência de políticas que priorizem a modernização do sistema de abastecimento.
O diretor-presidente do DAE, Sandro Azambuja, garantiu transparência e empenho na solução dos problemas estruturais. No entanto, a população segue exigindo respostas concretas sobre a previsão de investimentos para evitar novos episódios de desabastecimento. A retomada gradativa do abastecimento é um alívio momentâneo, mas não elimina a necessidade de um debate sério sobre a infraestrutura hídrica do município.
Os primeiros bairros a serem abastecidos pela ETA I serão:
Manhã
– Centro / Nova Várzea Grande
– Costa Verde
– Nova Era
– Nossa Senhora da Guia
Tarde
– Canelas
– Ouro Branco
– Paula II (próximo ao Canelas)
Noite
– Ipase
– Imperador
– Aeroporto
– Planalto Ipiranga
– Ikaray
– Novo Horizonte (próximo à Estrada do Capão)