O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, anunciou nesta sexta-feira (31) que as aulas da rede municipal, previstas para começar na próxima segunda-feira (3), podem ser adiadas para o dia 10 de fevereiro. A decisão será tomada após uma reunião emergencial entre a Prefeitura, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) e o Conselho Municipal de Educação.
O possível adiamento se deve à necessidade de reparos urgentes em diversas unidades escolares, além de questões administrativas pendentes.
Infraestrutura precária
Atualmente, a rede municipal de Cuiabá conta com 57.516 estudantes distribuídos em 171 escolas. Entre eles, 11.231 são crianças de creches, sendo que 2.539 ainda aguardam vagas. No ensino fundamental, não há fila de espera.
Segundo levantamento da prefeitura, 15 escolas estão em situação crítica, apresentando graves problemas estruturais. Entre as principais unidades com necessidade urgente de reparos estão:
- EMEB São João Bosco (Cidade Alta)
- EMEB Prof. Alzira Valadares (Jardim Cuiabá)
- Escola Cívico-Militar Maria Dimpina Lobo Duarte (Chácara dos Pinheiros)
- EMEB Elza Luzia (Canjica)
- EMEB Profº Zeferino Leite de Oliveira (Pedra 90)
- CEIC Colomba Cacélia Lombardi Dorileo (Jardim Imperial)
Outras unidades enfrentam falta de materiais básicos, problemas de higiene, infiltrações, necessidade de manutenção em ar-condicionado, falta de móveis e até riscos estruturais. Em algumas creches, faltam materiais de limpeza e alimentação, além de equipamentos essenciais para a cozinha e refeitório.
Prefeitura culpa gestão anterior
O prefeito Abílio Brunini atribuiu a situação ao governo anterior, afirmando que não houve a renovação dos contratos de manutenção das escolas. Isso teria atrasado o início das obras e serviços essenciais, como limpeza e pequenos reparos.
“Nós recebemos da gestão passada as escolas sem contratos de manutenção e sem que os reparos tivessem sido iniciados. Isso inclui limpeza e outros serviços essenciais”, afirmou Abílio.
Ele explicou que, embora a prefeitura esteja tentando acelerar as contratações, os processos burocráticos impedem soluções imediatas.
“Estamos buscando contratações especiais, mas precisamos seguir os trâmites legais. Não podemos simplesmente contratar uma empresa sem que ela passe pelo processo correto”, explicou.
Apesar das dificuldades, o prefeito garantiu que a maior parte da estrutura necessária já está encaminhada para o retorno das aulas. Ele mencionou que cuidadoras, professores e outros profissionais já foram contratados e que a prefeitura está trabalhando para que a volta às aulas ocorra o mais rápido possível.