A Câmara Municipal de Cuiabá aprovou, por 14 votos a 9, a implantação do voto secreto para a eleição da Mesa Diretora nas próximas legislaturas. Apesar da larga margem de vantagem, a medida gerou forte controvérsia entre os parlamentares.
A proposta foi apresentada pelo atual presidente, Chico 2000 (PL), e visava alterar o Regimento Interno da Casa, adotando a votação secreta, um procedimento já adotado em outras casas legislativas, como a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Os vereadores contrários, como Dilemário Alencar (UB) e Felipe Corrêa (PL), argumentaram que o voto secreto representaria um retrocesso, associando-o ao período da Ditadura Militar.
Além disso, destacaram que, segundo o Regimento Interno, o projeto deveria ser aprovado com o mínimo de 16 votos, ou seja, a maioria absoluta, e anunciaram que irão recorrer à Justiça para garantir o cumprimento da norma.
O projeto foi aprovado após uma intensa discussão na Câmara, sendo votado inicialmente em regime de urgência, com o parecer da Comissão de Constituição e Justiça também aprovado.
Apesar das críticas, a proposta foi defendida por alguns parlamentares, como Pastor Jefferson Siqueira (PSD), que temia que a Câmara se tornasse um “puxadinho” da Prefeitura de Cuiabá sob a gestão do prefeito Abílio Brunini.
FOTO: CÂMARA DE CUIABÁ
fonte redação
