Após graves acusações do médico Marcus Vinícius Ramos de Oliveira contra o vereador Marcrean Santos (Progressistas), a Câmara de Vereadores pode estar às voltas com mais um processo de cassação.
O vereador Marcrean Santos deveria ter apresentado sua defesa em duas audiências nos dias 20 e 21 de novembro, mas não compareceu. Em uma decisão unânime, a Comissão de Ética deu um prazo adicional de 10 dias para que o parlamentar explique sua versão dos eventos.
Durante a audiência na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, realizada na última segunda-feira (18), o médico relatou as circunstâncias do enfrentamento, dizendo que estava sob carga intensa de trabalho devido ao elevado número de pacientes internados. Ao se recusar a fornecer informações sobre um paciente, o vereador teria demonstrado descontentamento, chegando a acusá-lo de estar dormindo durante o plantão.
As denúncias se referem a um incidente ocorrido em junho, na UTI do Pronto Socorro Municipal, onde o vereador supostamente invadiu as dependências da unidade aos gritos e, segundo o médico, mentiu sobre sua identidade.
A situação se agravou quando o vereador não respeitou o momento em que uma paciente estava passando por atendimento de enfermagem e, segundo o médico, proferiu ameaças de buscar o prefeito e o secretário de Saúde para tratar do assunto.
O vereador se apresentou sob o nome de “José Maria”, uma informação que também gerou questionamentos.
Além das declarações do médico, ele relatou ter sido procurado pelo secretário de Saúde, Deiver Teixeira, que o teria coagido a retirar um pedido de cassação que havia protocolado na Câmara, afirmando que a situação não levaria a nada e que ele ainda poderia ser punido no fim do processo.
FOTO: CÂMARA DE CUIABÁ
fonte redação
