Em entrevista à imprensa ontem (17), o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), pontuou que o resultado das eleições municipais de 2024 podem ter mudado o cenário político mato-grossense que vinha se desenhando para 2026.
Como explicou, o grupo do governador Mauro Mendes (União Brasil) sofreu derrotas em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, onde estão os maiores colégios eleitorais do estado e que também detém as maiores economias locais.
A queda de braço pela cadeira de Mauro já começou. Mendes não poderá pleitear a recondução ao governo de Mato Grosso e reflete sobre a candidatura ao Senado. O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) tem o apoio de Mendes para disputar o Paiaguás, candidatura que também está no radar do senador Jayme Campos (União Brasil).
Nestas eleições municipais, o União Brasil viveu situação semelhante, com uma disputa interna entre Eduardo Botelho e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, pela candidatura a prefeito de Cuiabá. Jayme e Pivetta não são correligionários, mas pertencem ao mesmo grupo político, o que coloca Mendes numa nova saia justa. Em 2024, a escolha do governador não prosperou e Eduardo Botelho amargou a derrota no primeiro turno.
Algo em desfavor a Jayme Campos é a eleição em Várzea Grande. A cidade é o reduto político da família Campos que tem o prefeito Kalil Baracat (MDB) como afilhado político. O senador e o seu irmão, o deputado estadual Jayme Campos (União Brasil), foram assíduos na campanha de Kalil, porém, não conseguiram puxar o número de votos suficientes para reelegê-lo.
Em contrapartida, Otaviano Pivetta obteve sucesso como cabo eleitoral. O prefeito de Lucas do Rio Verde (a 332 km de Cuiabá), Miguel Vaz (Republicanos), apoiado pelo vice-governador foi reeleito, aumentando a musculatura política de Pivetta dentro do grupo de Mendes.
Enquanto isso, Jayme tenta se desassociar da derrota em VG, destacando que não se tratava de uma candidatura em seu CPF e as seis as quais concorreu, saiu vencedor.
Mauro Mendes tenta impedir a antecipação dos debates, pedindo paciência aos correligionários e vice-governador, adiando as conversas para depois da resolução do segundo turno em Cuiabá que irá apontar, mais uma vez, se o nome apoiado pelo governador de MT, o candidato Abilio Brunini (PL), terá força ou não.
FOTO: ALMT
fonte redação com HPN