Após os resultados das eleições no Mato Grosso, institutos de pesquisa reconhecem erros consideráveis nas suas previsões e propõem mudanças metodológicas para futuras eleições, alterações essas que ainda não serão viáveis para esse segundo turno.
Segundo Gonçalo de Barros, ex-secretário de Saúde de Várzea Grande e consultor do Instituto MT Dados, a polarização ideológica entre direita e esquerda foi um fator importante que as pesquisas não conseguiram captar.
Ele sugeriu que a utilização de uma metodologia híbrida, combinando entrevistas presenciais e digitais, pode trazer mais precisão, especialmente considerando o impacto crescente das redes sociais no comportamento eleitoral.
Por fim, embora reconhecendo que será difícil aplicar essas mudanças para o segundo turno, os institutos de pesquisa esperam que com ajustes significativos na metodologia, erros como os de 2024 não se repitam no futuro.
O QUE OCORREU? – Candidatos que lideravam nas pesquisas eleitorais em cidades como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sorriso foram surpreendentemente derrotados, o que levantou questionamentos sobre a confiabilidade das sondagens.
O deputado federal Abilio Brunini (PL) e o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) venceram as eleições em Cuiabá, contrariando o favoritismo do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), apontado como o provável vencedor em diversas pesquisas.
Na cidade vizinha, Várzea Grande, o atual prefeito Kalil Baracat (MDB), sempre surgia liderando com folga as pesquisas de intenção de votos, e tinha apostas de que levaria a disputa com mais de 70% dos votos válidos. No entanto, assim que a apuração começou, a adversária Flávia Moretti (PL), liderou de ponta a ponta, levando a prefeitura da cidade. Até seis meses atrás, a liberal, que é advogada, era uma desconhecida entre a maior parte da população várzea-grandense.
FOTO: MARCELLO CASAL/AGÊNCIA BRASIL/ARQUIVO
fonte redação com jbnews